quarta-feira, 6 de maio de 2015

  PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL (Parte 4)

2ª) A guerra de trincheiras:

Com a estabilização das forças em luta, iniciou-se uma nova fase da guerra: a guerra de trincheiras. Nessa fase, os exércitos adversários buscavam firmar suas posições, visando vencer o adversário por meio do desgaste progressivo de suas tropas. Os exércitos da Inglaterra e da França, de um lado, e o da Alemanha, de outro lado, tomaram posições em trincheiras desde o Mar do Norte até a fronteira da Suíça.
Enquanto na frente oriental européia a Alemanha vencia o exército russo, na Ásia, ela perdia para o Japão várias de suas colônias entre elas Tsingtao, na china, e nas Ilhas Marinhas, Carolinas e Mershall, no oceano Pacífico.
Conforme o conflito foi se alastrando, novas armas, como a metralhadora, os gases venenosos, o lança-chamas, o tanque, o avião e o submarino, fizeram sua estréia no campo de batalha. Com o uso dessas armas, os combates corpo a corpo tornaram-se raros.
Em 1915, a Itália rompe com a Alemanha e alia-se à Tríplice Entente. E, enquanto milhares de jovens morriam nas trincheiras, outros países entravam em guerra: Itália, Romênia e Grécia entraram ao lado da Grã-Bretanha; Bulgária e Império Turco-Otomano, ao lado da Alemanha. No início de 1917, a Alemanha decidiu adotar a guerra submarina, passando a bombardear qualquer navio encontrado em águas inimigas. O afundamento do navio norte-americano Lusitânia pelos alemães foi um dos motivos da entrada dos Estados Unidos na guerra, naquele mesmo ano.
Seguindo os Estados Unidos, outros países americanos (que também teve um navio afundado, o Paraná, afundado pelos alemães), engajaram-se no conflito ao lado da Tríplice Entente.
No final de 1917, a Rússia, esgotada por derrotas consecutivas Rússia, esgotada por derrotas consecutivas diante dos alemães, e liderada por um novo governo, assinou com a Alemanha um tratado de paz em separado. No início do ano seguinte, a Rússia saía da guerra.

3ª) Uma nova guerra de movimento:

No inicio de 1918, depois de selar a paz com os russos, os alemães se deslocaram para frente ocidental e lançaram uma forte ofensiva apoiada pela aviação e pela artilharia pesada. Recomeçava a “guerra de movimento”. Mas os países da Entente conseguiram reagir e, valendo-se de aviões e tanques mais eficientes, venceram as forças alemãs na segunda batalha do Marne. O passo seguinte seria invadir o território alemão.
Nesse meio – tempo, no entanto, uma rebelião popular sacudiu a  Alemanha, forçando o imperador  Guilherme II a renunciar. Em novembro de 1918, o novo governo proclamou a República e assinou a rendição, que, finalmente, pôs fim à guerra.
O saldo trágico da Primeira Guerra:
Ao final da guerra, a aviação militar, os canhões, os tanques e os gases venenosos tinham provado sua eficiência, deixando cerca de nove milhões e duzentos mil mortos, vinte milhões de mutilados e dezenas de milhares de órfãos e refugiados.
Próximo do fim da guerra, o então presidente norte – americano Woodrow Wilson propôs um acordo de paz. Esse acordo conhecido como “14 pontos” de Wilson defendiam a “uma paz sem vencedores” e o direito de cada povo escolher seu próprio destino. Mas ele não foi aprovado. O que acabou vigorando foi a paz imposta pelos vencedores por meio de vários tratados, entre os quais o Tratado de Versalhes (1919), que obrigava a Alemanha a:
A)     Devolver a região da Alsácia-Lorena para a França.
B)      Ceder aos vencedores todos seus direitos sobre as colônias ultramarinas.
C)      Entregar para a França a propriedade absoluta com direito com total exploração das minas de carvão situadas na bacia do Rio Sarre.
D)     Pagar a seus adversários uma indenização de guerra milionária: Cerca de 33 bilhões de dólares.

Por esse tratado, ainda, a Alemanha foi proibida de ter aviação militar, canhões pesados e submarinos e teve de entregar aos vencedores parte de seus navios mercantes, seu exército só poderia ter no máximo 100 mil homens.

Por Juliana Ramalho


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