PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL (Parte 4)
2ª) A guerra de trincheiras:
Com a estabilização das forças em luta, iniciou-se uma nova
fase da guerra: a guerra de trincheiras. Nessa fase, os exércitos adversários
buscavam firmar suas posições, visando vencer o adversário por meio do desgaste
progressivo de suas tropas. Os exércitos da Inglaterra e da França, de um lado,
e o da Alemanha, de outro lado, tomaram posições em trincheiras desde o Mar do
Norte até a fronteira da Suíça.
Enquanto na frente oriental européia a Alemanha vencia o
exército russo, na Ásia, ela perdia para o Japão várias de suas colônias entre
elas Tsingtao, na china, e nas Ilhas Marinhas, Carolinas e Mershall, no oceano
Pacífico.
Conforme o conflito foi se alastrando, novas armas, como a
metralhadora, os gases venenosos, o lança-chamas, o tanque, o avião e o
submarino, fizeram sua estréia no campo de batalha. Com o uso dessas armas, os
combates corpo a corpo tornaram-se raros.
Em 1915, a Itália rompe com a Alemanha e alia-se à Tríplice
Entente. E, enquanto milhares de jovens morriam nas trincheiras, outros países
entravam em guerra: Itália, Romênia e Grécia entraram ao lado da Grã-Bretanha;
Bulgária e Império Turco-Otomano, ao lado da Alemanha. No início de 1917, a
Alemanha decidiu adotar a guerra submarina, passando a bombardear qualquer
navio encontrado em águas inimigas. O afundamento do navio norte-americano
Lusitânia pelos alemães foi um dos motivos da entrada dos Estados Unidos na
guerra, naquele mesmo ano.
Seguindo os Estados Unidos, outros países americanos (que
também teve um navio afundado, o Paraná, afundado pelos alemães), engajaram-se
no conflito ao lado da Tríplice Entente.
No final de 1917, a Rússia, esgotada por derrotas
consecutivas Rússia, esgotada por derrotas consecutivas diante dos alemães, e
liderada por um novo governo, assinou com a Alemanha um tratado de paz em
separado. No início do ano seguinte, a Rússia saía da guerra.
3ª) Uma nova guerra de movimento:
No inicio de 1918, depois de selar a paz com os russos, os
alemães se deslocaram para frente ocidental e lançaram uma forte ofensiva
apoiada pela aviação e pela artilharia pesada. Recomeçava a “guerra de
movimento”. Mas os países da Entente conseguiram reagir e, valendo-se de aviões
e tanques mais eficientes, venceram as forças alemãs na segunda batalha do
Marne. O passo seguinte seria invadir o território alemão.
Nesse meio – tempo, no entanto, uma rebelião popular sacudiu
a Alemanha, forçando o imperador Guilherme II a renunciar. Em novembro de
1918, o novo governo proclamou a República e assinou a rendição, que,
finalmente, pôs fim à guerra.
O saldo trágico da Primeira Guerra:
Ao final da guerra, a aviação militar, os canhões, os
tanques e os gases venenosos tinham provado sua eficiência, deixando cerca de
nove milhões e duzentos mil mortos, vinte milhões de mutilados e dezenas de
milhares de órfãos e refugiados.
Próximo do fim da guerra, o então presidente norte –
americano Woodrow Wilson propôs um acordo de paz. Esse acordo conhecido como
“14 pontos” de Wilson defendiam a “uma paz sem vencedores” e o direito de cada
povo escolher seu próprio destino. Mas ele não foi aprovado. O que acabou
vigorando foi a paz imposta pelos vencedores por meio de vários tratados, entre
os quais o Tratado de Versalhes (1919), que obrigava a Alemanha a:
A)
Devolver a região da Alsácia-Lorena para a
França.
B)
Ceder aos vencedores todos seus direitos sobre
as colônias ultramarinas.
C)
Entregar para a França a propriedade absoluta
com direito com total exploração das minas de carvão situadas na bacia do Rio
Sarre.
D)
Pagar a seus adversários uma indenização de
guerra milionária: Cerca de 33 bilhões de dólares.
Por esse tratado, ainda, a Alemanha foi proibida de ter
aviação militar, canhões pesados e submarinos e teve de entregar aos vencedores
parte de seus navios mercantes, seu exército só poderia ter no máximo 100 mil
homens.
Por Juliana Ramalho
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